Os torcedores que estavam desconfiados com o futebol da Ponte Preta
na reta final do Campeonato Paulista deixaram o Moisés Lucarelli na
noite deste sábado felizes por terem errado suas previsões. Depois de
empatar no jogo de ida em 0 a 0, a Macaca passou pelo Penapolense com
autoridade e faturou o bicampeonato do Troféu do Interior com uma
vitória por 4 a 2.
Para não perder a chance de levantar a segunda
taça da competição depois de quatro anos, os ponte-pretanos iniciaram a
partida em ritmo alucinado e conseguiram abrir o placar nos primeiros
minutos em lance de raça do meia-atacante Chiquinho. Para deixar os
capeanos em situação ainda pior, o meia Fernando recebeu amarelo e, um
minuto depois, acabou expulso.
Com mais espaço para contra-atacar,
a equipe de Campinas voltou a mandar na partida e chegou ao segundo gol
graças ao oportunismo do centroavante William. Ainda no primeiro tempo,
o camisa 9 cobrou pênalti com tranquilidade e se tornou artilheiro do
Campeonato Paulista com 13 gols, um a mais do que Neymar, que encara o
Corinthians na decisão deste domingo.
No segundo tempo, a Ponte
não diminuiu o ritmo, passou por cima do adversário e chegou ao quarto
em golaço de Adrianinho, ídolo da torcida. O CAP ainda descontou com
Anderson Carvalho e Guaru, em pênalti polêmico no último lance da
partida que fez o meia chegar aos dez gols no Paulisão.
O jogo –
A Ponte Preta entrou no gramado do Moisés Lucarelli pressionada para
voltar a mostrar o bom futebol da primeira fase do Paulistão,
principalmente para garantir o emprego de Guto Ferreira. E o técnico se
sentiu aliviado logo aos cinco minutos, quando Chiquinho pegou sobra na
área, ganhou do goleiro Marcelo na base da vontade e empurrou para o gol
vazio.
Sem se abater com o placar adverso, o Penapolense passou a
incomodar o goleiro Edson Bastos. Primeiro em cabeçada perigosa de
Gualberto após cruzamento de Guaru e depois em chutes perigosos de
Geuvânio. A Macaca respondeu com uma tentativa de Chiquinho para
encobrir Marcelo e com uma bola na trave após chute cruzado de Rildo.
Aos
30 minutos, porém, o equilíbrio que comandava a partida acabou. O meia
Fernando, que havia acabado de receber um cartão amarelo, cometeu falta
por trás e foi expulso. Aproveitando os espaços, o peruano Ramírez
lançou Rildo em velocidade e o atacante cruzou na medida para William
completar para as redes com um toque sutil.
Ainda no primeiro
tempo, William foi empurrado por Gualbero na área e, com ajuda do
assistente adicional, o árbitro Leandro Bizzio Marinho assinalou
pênalti. Enquanto os capeanos se desesperavam com a arbitragem, William
foi para a cobrança, mostrou categoria e passou Neymar na artilharia do
Paulistão com 13 gols.
O centroavante foi para os vestiários
prometendo não deixar de procurar os gols e a equipe colocou a
estratégia em prática no segundo tempo. Em cinco minutos, a Macaca
perdeu duas grandes chances com Chiquinho, em chute cruzado, e Cleber,
em cabeçada firme.
Na reta final da partida, Guto Ferreira
resolveu lançar Adrianinho no time titular. O meia marcou época na Ponte
Preta no início do século e entrou para o delírio da torcida. No
primeiro toque na bola, o armador soltou uma bomba no ângulo e fez um
golaço para transformar a vitória em goleada.
Enquanto os
torcedores ponte-pretanos aplaudiam Rildo, que foi substituído por
Alemão, o Penapolense conseguiu descontar no placar. Magrão foi lançado
na linha de fundo, cruzou para trás e o volante Anderson Carvalho
apareceu como elemento surpresa para marcar.
Antes do apito final,
o zagueiro Ferron entrou na vaga de Diego Sacoman, como forma de
reconhecimento pelo desempenho da defesa campineira no Campeonato
Paulista. Em pênalti polêmico, o camisa 10 Guaru ainda fez o segundo do
CAP, mas a festa no Moisés Lucarelli foi toda alvinegra pela conquista
do bicampeonato do Troféu do Interior.
Fonte: WWW.gazetaesportiva.net